sábado, 31 de março de 2012

Cansei

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  Queridos pais.

 Sinto muito por tudo. Sinto, de verdade. Juro que tentei. Tentei com todas
 as forças, 
até as que não me restavam. Mas por fim, percebi que nunca fui forte
 como deveria ser.
 Você mãe, sempre me julgou banal, mas sabemos que aquilo era exatamente
 o que eu não era.
 Todos os dias ao chegar em casa, eu só esperava por um abraço

 gostoso e uma voz doce me perguntando – como foi seu dia? –
 aah, como esperei por aquilo.
 Aguardei dias melhores ouvindo Renato Russo e ele vivia me dizendo
 que o sol brilharia no dia seguinte. Porém, na minha janela, o sol nunca
 apareceu. Sendo assim, espero que você e papai se sintam realmente
 culpados, por quê se hoje estou morta, com fotos do meu rosto
 estampada nos jornais, foi por culpa de vocês.
 Vocês que sempre me acharam uma bastarda, que nunca conseguiu
 ler se quer um texto sem ao menos gaguejar. Uma filha que fumava
 maconha para se libertar. E digo, não me arrependo. Ela me ajudou
, e por esse e outros motivos, terá uma grande manchete na capa do jornal
.“Menina se mata devido às drogas”. Há, que grande bobagem.
 Os cortes não estavam mais fazendo efeito, a dor não era a que necessitava.
 Eu só queria ser feliz, só queria um pouco de carinho, atenção e
 acima de tudo, amor. Será que isso é pedir muito? Mas vendo que
 nada ia conseguir, simplesmente desisti. Cansei. Cansei de tudo. 
Das promessas mal feitas e dos planos não criados.
 Só quero que se lembrem, queridos pais, que não me matei. Já estava
 morta há muito tempo. Triste, não é mesmo? Morri quando vocês
 diziam que não seria ninguém na vida. Morri quando não falaram comigo.
 Morri ao ouvir que amavam mais minha irmã. Morri quando acabaram
 com o amor que me restava.
 Mas tudo bem, isso não me preocupada mais. O jogo acabou para mim.
 Sinto muito, mas o mundo não tem remédios e o suicídio é a razão.
 Beijos,
 Da sua eterna,
 Katherine Leppourn




Esse eu peguei lá no http://diariociumento.blogspot.com.br/
recomendo ;D

Nós Vamos

Quando isso vai acabar? quando vou poder te abraçar?
As vezes acordo feliz, pensando que tudo isso foi apenas um terrível pesadelo, que quando eu entrar no msn vou te encontrar online, vamos marcar de sair...
Não posso me iludir, preciso ser forte, eu vou ser forte, não só por mim, mas por você!

Nós vamos encontrar uma saída, nós vamos conseguir, nem que usemos da ilusão e da fantasia, mas nós vamos conseguir!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Viver é Sentir

E tudo mudou. As coisas que eu pensei que seriam pra sempre se foram, as amizades que eu tinha, agora são outras, a minha rotina já não é mais a mesma, os meus objetivos são diferentes, está tudo do avesso.
Sinto falta de quem eu era antes. Sinto falta das coisas que deixei de fazer, das pessoas que deixei de ver. Eu sinto tanta, mas tanta falta das coisas que nem chegaram a acontecer, dos momentos que eu não vivi, das coisas que eu deixei de fazer... Sinto falta de tudo e de todos. Falta de mim, falta de ti, e principalmente falta de nós, sinto muita falta de nós. Das coisas simples, dos momentos insignificantes, das risadas à toa, das brincadeiras infantis... Sinto falta do tempo em que eu não me preocupava com o tempo, não me preocupava se era segunda, quarta ou sexta. Eu sinto falta do tempo em que eu não tinha motivos pra chorar, do tempo em que chorar era coisa de filme, coisa de criança... Só era.
Eu mudei, as pessoas mudaram, o Mundo muda, eu sei, é uma inconstância constante. Viver é ariscar, é mudar, é se decepcionar...
Viver é simplesmente sentir falta de tudo e de todos, é ser tudo e ser nada. Viver é não ter certeza de nada!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Sem título



Eu caminhava, sabia bem para onde ia, não estava perdida nem com medo,
 mas como tudo muda, foi apenas eu piscar os olhos que tudo perto 
e lonje de mim havia mudado em uma fração de segundos.
Nada que eu sabia e acreditava estava igual. Nunca pensei que algo assim
 pudesse mudar tanto, mas mudou!
Começou lentamente, lento como o vento nas colinas.
Avistei-te, dei um olá, começamos a conversar. Não sei como tive coragem 
de falar com ele, mas falei. Enquanto falava algo estranho acontecia dentro
 de mim, algo sem explicação, algo que jamais entendi e vou entender
, algo com o nome de “AMOR”.
Essa coisa a que me refiro me tomou e fez com que eu olhasse 
o mundo de outra forma. Comecei a observar o céu, à natureza, às pessoas.
Meu relacionamento com ele não me agradava, ele não me olhava como
 eu o olhava, talvez não sentisse o que eu sentia, mas a verdade é que nem 
eu sabia ao certo.
Comecei a conversar com ele não ao vivo, mas por outros meios,
 isso talvez tenha feito eu me aproximar mais, chegou a um momento 
que já éramos grandes amigos.
Mas ele não demonstrava interesse de falar comigo, então parei de falar com ele.
Não foi nada fácil, mais difícil que o próprio amor. A saudade me tomou, 
e fez eu acreditar que não havia motivos para viver!
Parei de viver, sair, rir, curtir, ser feliz e principalmente amar, mas a ele
 nunca esqueci.
Resolvi escrever tudo que sentia em papeis e esconder ,assim eu
 me libertava um pouco, digamos que não era bem escondido,
 pois minha mãe sabia onde estava, mas não mexia ,ao meu respeito.
Em um dia acordei diferente, na verdade sabia que seria um dia
 totalmente diferente ao qual nunca iria esquecer!
Acordei cedo, era lua cheia ela brilhava como nunca, eu observava
 o tempo todo, resolvi caminhar, eu não prestava atenção em mais nada.
Até que algo aconteceu ,algo inesperado, um caminhão carregado de 
madeira tombou e assim jogando a madeira sobre mim e acabando
 com meu amor, com meus sonhos,  com minha VIDA, pedaços 
de arvores haviam acabado com tudo.
Talvez o dia que fui enterrado tenha sido o dia mais feliz da minha “vida”.
Aos poucos todos já sabiam, se reuniam, choravam, rezavam, gritavam,
 todos estavam a minha volta, todos, até ele.
Havia trazido as flores mais bonitas e tentava aguentar o choro, 
passou o dia “comigo”.
À noite minha mãe olhou o que eu havia escrito naqueles papeis, 
e ele ganhou uma ligação inesperada;
Minha mãe contou a ele que eu havia o amado três anos 
da minha vida, e  nunca o havia esquecido.
Ele desligou o telefone e veio ao meu encontro.
O céu não era como imaginava, era talvez melhor,
 com a presença dele se tornaria  perfeito.


domingo, 18 de março de 2012

O Abismo da Morte


Por que ter medo da morte? Enquanto somos, a morte não existe, e quando ela passa a existir, nós deixamos de ser.
Não me recordo o dia, mas sei que chorei... Quando minha mãe entrou no quarto e me disse que você havia partido, eu não acreditei. Precisei de tempo pra entender que a partir daquele momento, você nunca mais estaria comigo fisicamente, que nunca mais poderia lhe tocar, te levar pra passear, te dar banho... Que nunca mais você ficaria do meu lado nos meus momentos de tristeza, de medo, de tédio e saudade. Você foi meu melhor amigo, não por me dar conselhos ou me dizer o que fazer, pois isso não era possível, mas pelo simples fato de ficar ao meu lado e de me mostrar o que é fidelidade e companheirismo. Depois de muito pensar e de compreender o que havia acontecido, cheguei a algumas conclusões, não conclusões claras e objetivas, que me fizessem entender claramente o sentido da vida, mas conclusões que me deixaram ainda mais confusa e instigada. Você estava morto, você e tudo que vivemos estava morto e enterrado, foi como se um abismo enorme tivesse sido colocado entre nós, um abismo que se chama morte. Eu queria saber por que, queria e precisava, de algum modo, saber por que. Entre tantos e tantos cachorros, por que você, por que justo você? Não sei, e talvez nunca saiba a resposta. O mistério do enorme abismo continua, atormentando a todos com suas repentinas e inesperadas visitas. E dessas conclusões não concluídas eu só levo a certeza de que nada é certo, de que de nada temos certeza, a não ser da morte. Os momentos se foram, como as águas de um rio que não voltam mais, mas a ausência permanecerá em mim eternamente, a ausência dos momentos vividos e perdidos , das certezas e incertezas, dos medos e...até da morte.