segunda-feira, 19 de março de 2012

Sem título



Eu caminhava, sabia bem para onde ia, não estava perdida nem com medo,
 mas como tudo muda, foi apenas eu piscar os olhos que tudo perto 
e lonje de mim havia mudado em uma fração de segundos.
Nada que eu sabia e acreditava estava igual. Nunca pensei que algo assim
 pudesse mudar tanto, mas mudou!
Começou lentamente, lento como o vento nas colinas.
Avistei-te, dei um olá, começamos a conversar. Não sei como tive coragem 
de falar com ele, mas falei. Enquanto falava algo estranho acontecia dentro
 de mim, algo sem explicação, algo que jamais entendi e vou entender
, algo com o nome de “AMOR”.
Essa coisa a que me refiro me tomou e fez com que eu olhasse 
o mundo de outra forma. Comecei a observar o céu, à natureza, às pessoas.
Meu relacionamento com ele não me agradava, ele não me olhava como
 eu o olhava, talvez não sentisse o que eu sentia, mas a verdade é que nem 
eu sabia ao certo.
Comecei a conversar com ele não ao vivo, mas por outros meios,
 isso talvez tenha feito eu me aproximar mais, chegou a um momento 
que já éramos grandes amigos.
Mas ele não demonstrava interesse de falar comigo, então parei de falar com ele.
Não foi nada fácil, mais difícil que o próprio amor. A saudade me tomou, 
e fez eu acreditar que não havia motivos para viver!
Parei de viver, sair, rir, curtir, ser feliz e principalmente amar, mas a ele
 nunca esqueci.
Resolvi escrever tudo que sentia em papeis e esconder ,assim eu
 me libertava um pouco, digamos que não era bem escondido,
 pois minha mãe sabia onde estava, mas não mexia ,ao meu respeito.
Em um dia acordei diferente, na verdade sabia que seria um dia
 totalmente diferente ao qual nunca iria esquecer!
Acordei cedo, era lua cheia ela brilhava como nunca, eu observava
 o tempo todo, resolvi caminhar, eu não prestava atenção em mais nada.
Até que algo aconteceu ,algo inesperado, um caminhão carregado de 
madeira tombou e assim jogando a madeira sobre mim e acabando
 com meu amor, com meus sonhos,  com minha VIDA, pedaços 
de arvores haviam acabado com tudo.
Talvez o dia que fui enterrado tenha sido o dia mais feliz da minha “vida”.
Aos poucos todos já sabiam, se reuniam, choravam, rezavam, gritavam,
 todos estavam a minha volta, todos, até ele.
Havia trazido as flores mais bonitas e tentava aguentar o choro, 
passou o dia “comigo”.
À noite minha mãe olhou o que eu havia escrito naqueles papeis, 
e ele ganhou uma ligação inesperada;
Minha mãe contou a ele que eu havia o amado três anos 
da minha vida, e  nunca o havia esquecido.
Ele desligou o telefone e veio ao meu encontro.
O céu não era como imaginava, era talvez melhor,
 com a presença dele se tornaria  perfeito.


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